Título: Perspicácia: aprenda a pensar como Sherlock Holmes
Título Original: Mastermind: how to think like Sherlock Holmes


Autora: Maria Konnikova
Tradutora: Cristina de Assis Serra
Editora: Elsevier
Ano de publicação: 2013
ISBN: 9788535270839
Gênero: Psicologia, Lógica


Informações adicionais:
Número de páginas: 236
Tipo da diagramação: simples, lembra uma diagramação de TCC
Cor das páginas: amarelas
Fonte: agradável a leitura e de tamanho satisfatório
Imagens: algumas deixam a desejar por serem muito escuras (já que tudo no miolo é preto e branco), mas trato de detalhes logo mais.


Nota:


Capa, título e subtítulo:

capa original
A capa é simplória (ao topo da postagem), feita em tons de bege, marrom e varantes sutis. A silhueta que remeta a Sherlock Holmes, o chapéu e o cachimbo dão um toque a mais.

A capa original (ao lado), para ser honesta, lembra muito a série Sherlock produzida pela BBC. Temos a silhueta semelhante ao ator, mas parece moderna demais para se enquadrar com as histórias avaliadas durante o livro. Acho que lá fora, ela não condiz com a obra.

capa editora Elsiever
A editora Elsevier, responsável pela publicação do livro no Brasil, teve o cuidado de deixar os elementos que rementem a figura icônica de Sherlock

Holmes, sem usar de artifícios para remeter produção alguma. A silhueta do rosto lembra o personagem a qualquer um que conheça Sherlock, seja aqueles que leram os livros de Arthur Conan Doyle, os que veem a série da Sherlock da BBC, os que veem Elementary, os filmes estrelados por Jeremy Brett, ou outras produções.

A capa daqui realmente é muito mais concisa com a obra (pelo menos é o que eu acho, ok?).


Diagramação:


abre de assunto
A coloração das páginas ajuda na hora da leitura. A gramatura do papel também é muito boa (não é daquelas que você consegue ler o verso, e isso é ótimo!). 

Por se tratar de uma editora de livros atrelada a uma Universidade, acho que eles realmente seguiram a formula do que dava certo em suas outras publicações e acertaram muito bem (infelizmente não conheço outros títulos da Elsevier, mas ficarei atenta).
abre de capítulo

Para começar existem abres de assunto, o que é algo muito bom, pois permite uma leitura mais direcionada.

Não é exatamente um livro no qual você tem a obrigação de seguir as páginas e isso é algo bem interessante.

O abre dos capítulos é bem simples, apenas uma marcação padrão em letra negrita, ao centro, em fonte maior (o que seria contra uma especificação em TCC, não?). Mas serve perfeitamente bem para marcar o espaço.
sub tópicos

Na folha que fica a direita (ou seja, as ímpares) sempre há o título do capítulo ao topo, o que ajuda muito na hora de localizar informações que precisam ser relidas ou lembradas.

Existem algumas notas de rodapé e também a anotação das leituras complementares (ou seja: os títulos das histórias originais que são citadas no capítulo) ao final de casa capítulo.
leituras complementares

Como a autora marcou pelos nomes dos contos/romances é bem fácil você encontrar o trecho a que história ele remete e ler antes dese aprofundar no assunto. 

Como o livro abre essa possibilidade, você pode ver que ele é um livrinho curto, mas que te permite aproveitá-lo ao máximo e te faz levar um bom tempo para terminá-lo, não é?

imagens
Um outro ponto é que há imagens no livro. Ok, não tantas que possa considerar o livro como algo bem gráfico, mas existem pelo menos umas 6 fotos e uns 3 desenhos durante a leitura. E tanto as imagens quanto os desenhos sempre são colocados em momentos pontuais para lhe fazer refletir.

Elas são todas em preto e branco (sejam os pontos para você ligar ou fotografias para analisar).

Quanto aos pontos e imagens desenhadas (como essa no exemplo ao lado), eu não tenho do que reclamar, mas as fotografias ficaram um pouco pequenas... 
fotografias

Sim, eu acho que eles poderiam ter dado um espacinho maior para as fotografias, isso ajudaria muito na identificação de detalhes, já que por serem preto e brancas já são menos nítidas. E ainda há um agravante: as imagens foram tiradas com máquinas bem antigas em sua maioria (todas as das fadas, por exemplo), quando as máquinas eram mais rústicas. Então elas já são menos nítidas por si só.


Resenha:

“Perspicácia” é um daqueles livros que você não pode apenas ler. Porque ele não é uma simples leitura, ele te propõe uma auto analise e uma forma de pensar. Ou seja, ele é singular, mas de uma maneira muito boa.

Primeiramente, para lê-lo, você não pode ter preguiça de pensar, pois ele testará seu raciocínio a todo momento (seja expondo um problema simples – que se tornam mais complexos a cada capítulo – ou demonstrando o como o cotidiano vem enfraquecendo a nossa forma de pensar).


Uma das grandes lições do livro vem logo de cara e é um belo tapa na cara: “ser multi tarefas é ruim”, a autora demonstra o como quem faz mais de uma coisa ao mesmo tempo não está realmente se dedicando a nada (e aí? Pra quem isso não serve?) Claro que vamos querer negar e alegar que somos bons, sim, fazendo várias coisas ao mesmo tempo, mas a danadinha da Maria Konnikova prova o como estamos errados..

Aliás, falando mais dela, a autora não só usou as histórias de Sherlock Holmes para explicar sobre memória, conhecimento e armazenamento de informações; ela usou seus personagens e passagens das histórias para explicar o comportamento deles e aonde eles erraram.

Se você, como eu, tinha um dó terrível do John quando Sherlock era um tanto grosso com o moço (ok, nós somos levados sempre a pensar que somos mais inteligentes que o John e menos que o Sherlock, nos contos em si, mas isso irritava sim, vai?! Confesse! Eu sempre sentia vontade de interceder pelo pobre doutor); vai entender o como a pouca fé que o próprio médico tinha em si era o maior obstáculo na hora de distanciá-lo da resolução dos casos.

A autora mostra trechos da obra original e demonstra aonde John errou e, porque, se tivesse optado por outros caminhos ele poderia ter chego a conclusões mais acertadas. O pior ainda é que ela também consegue provar o como todos nós temos Johns interiores e o como também incorremos no mesmo erro diariamente.

Mas, calma, não se desespere! Ela também quer nos ajudar a melhorar a nós mesmos, quer que aprendamos a pensar e a nos distanciar de problemas para melhor avaliá-los.

Não, calma, ela não quer dizer que ser um tipo como Sherlock Holmes é o ideal da vida, não é isso. É bem o oposto. A autora mostra como ser o próprio Sherlock também não é o caminho ideal para a resolução das coisas.

Ela consegue pincelar o melhor entre um e outro, provar que nós erramos e nos sugerir melhoras. E, claro, no final do livro você pode até não pensar como Sherlock, John Watson ou Lestrade (que também é avaliado), mas verá que refrear seus pensamentos e tentar achar novas saídas não precisa ser um bicho de sete cabeças.

Aliás, você vai ver também o porque o pessoal da preguiça no seu trabalho consegue se manter mais relaxada não fazendo quase nada, enquanto você se mata sendo multi tarefa e vive chateado. Ela vai te ajudar a melhorar nisso.

E, claro, eu não poderia deixar de citar: ela até mostra o como Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes, conseguiu livrar dois homens inocentes da cadeia, mas foi enganado por duas garotas que disseram ter fotografado fadas (que confessaram ser falsas posteriormente – e isso mesmo eu não sabia).

Ou seja, em todos os aspectos é um livro que merece ser lido, mesmo que você não tenha lido todas as histórias de Sherlock Holmes, pois essa autora russa tem muito a nos ensinar sobre a nossa própria mente.

(Obs: só acho que ela pegou um pouco pesado no final, quando diz que Arthur não era uma pessoa muito inteligente por ter acreditado no espiritismo, quando ela mesma acaba dizendo em muitos pontos que “ver” não é o que te faz “saber”, mas ok! Eu ainda acho que ele foi inocente demais com a história das fadas, mas o fato de ele ter a religião X ou Y não o fez crer ou não em fadas, já que espíritas mesmo não acreditam nelas... Enfim! É isso.)



Título: O Mundo Perdido
Título Original: The Lost World

Autor: Arthur Conan Doyle
Tradutor: Isis Maat (versão PDF, pelo menos)
Editora: Companhia Editora Nacional
Ano de publicação: 2002
ISBN: 8504005763
Gênero: Aventura, Ficção

Informações adicionais:
Número de páginas:104
Tipo da diagramação: PDF simples
Imagens: as imagens são scanners da edição em papel


Nota:

Considerações anteriores a obra:

Conheci a escrita de Arthur Conan Doyle por seus contos (curtos e longos) de Sherlock Holmes e John Watson, e confesso que gostei bastante da forma com que ela flui. Como 'o desenrolar dos fatos' vão se mostrando a cada instante me intrigam e tornam o enredo bem interessante. Mesmo quando tudo pode parecer corriqueiro, o autor consegue deixar pistas que serão aproveitadas no decorrer e isso é genial.

A leitura dos clássicos envolvendo o detetive e seu fiel companheiro, me fez querer conhecer as outras obras de Arthur, já que muitas e muitas vezes sempre se ouve/lê dizerem que as histórias de Sherlock eram apenas uma pequena parte do que ele escreveu (e o que ele menos gostava até).

Foi essa curiosidade quem e levou a ler "O Gato Do Brasil" (um ótimo e curto livro de contos de terror que você lê em um dia tranquilo - mas não aconselho em uma noite, viu? e que um dia eu prometo fazer uma resenha) e a caçar muito mais.

"O Mundo Perdido" eu havia achado em PDF há um tempo, mas quando a Zahar lançou "A Terra da Bruma" (com uma capa espetacular) corri comprar apenas para me chatear com a introdução que resumia os dois livros anteriores ("O Mundo Perdido" e "Nuvem Envenenada" - que eu nem sabia serem anteriores a ele)... Com um grande spoiler de cara, me bastou cessar aquela leitura (depois de saber no tal resumo até quase que o final daquele livro) e começar esse aqui.

Nunca me chateei muito com spoilers, mas acho que a Zahar poderia ter lançado os dois livros anteriores a "A Terra da Bruma" (já que as edições lançadas no Brasil datam de anos luz atrás e não se acha para comprar em lugar nenhum, aí é necessário recorrer a PDFs gratuitos na net)...

Agora quanto a este livro em si, eu descobri por sites de vendas que esta história foi adaptada em uma versão gibizinho (acho que com algumas modificações pontuais que quem continuar lendo também vai achar o mesmo) no Brasil, mas não sei dizer se mudaram alguma coisa... Desculpe...

Porém, a versão original é famosa em escolas, pois ela faz parte de uma coleção de "Clássicos Nacionais" (o que me deixou totalmente perplexa já que o autor não é nacional e me fez pensar que o critério adotado foi puramente o fato da história se passar na Amazônia...).

Outro ponto curioso é que esse livro foi adaptado para uma série de televisão anos atrás (é possível achar algumas partes de capítulo no Youtube até). Mas é melhor falar agora dessa obra em si, não?


Resenha:

A história começa quando o jornalista Edward Malone, que trabalha para o jornal impresso Daily Gazette, encantado pelos dotes joviais de uma bela dama, Gladys (que você vai aprender a odiar mais para frente, garanto-lhes) é incentivado a correr atrás de um grande feito, que o torne famoso e renomado, antes de poder pedi-la em  casamento. Ela quer ser impressionada e coloca na cabeça d jornalista que ele deve fazer algo que seja totalmente inusitado e lhe dê notoriedade para que possa se casar com ela.

Ah, e como o amor é cego, não? O desejo da moça leva o jornalista a conversar com colegas de profissão atrás de algo que pareça promissor. É assim que ele acaba descobrindo sobre o professor George Edward Challenger (algo me diz que Arthur amava Edward, não?), um acadêmico 'não muito amável', que voltou de uma excursão em terras exóticas (diga-se de passagem a Floresta Amazônica), mas recusa-se a dar detalhes de suas descobertas e maltrata os jornalistas.

Malone fica convencido de que se o professor não quer falar, com certeza há algo aí. Então, ele dá um jeitinho de falar com o professor (omitindo o fato de ser jornalista e dizendo ser apenas um "estudioso", mas é pego na mentira!) e depois de uns desentendimentos iniciais  (sim, meus amigos, o jornalista apanha do professor), acabam conversando civilizadamente (mesmo o jornalista estando de olho roxo).

Como Malone foi audacioso para enfrentá-lo, Challenger (que significa "Desafiador" em português), acaba achando que pode tentar falar a respeito do que descobriu, mas precisa avaliar as reações do jornalista. Se o professor sentir que será motivo de chacota, ele não falará mais nada. Além disso, ele pede a Malone um sigilo absoluto sobre o que ele irá contar ou ele terá bons motivos para se arrepender depois.

Sem saída, Malone aceita (afinal ele tem Gladys na cabeça) e isso faz com que Challenger contar que em uma viagem ao Brasil, no coração da floresta Amazônica, existem animais pré históricos e ele quer provar isso ao mundo. Ele não tem provas físicas, é claro, pois as perdeu no retorno (conveniente, hein?), mas tem um caderno com desenhos de um artista que foi morto próximo ao local e alega ser uma prova irrefutável da verdade.

Challenger diz que contará ao mundo sobre sua descoberta em breve, ele quer fazer isso em um congresso científico, no qual ele convoca Malone a fazer pate da plateia. Porém, é claro, as coisas não sem como o professor sonhou e ele é desacreditado e obrigado a provar (com provas mais contundentes do que desenhos) o que alega ter visto.

Sendo assim, o corpo científico do congresso decide formar uma equipe para ser enviada ao "tal" local. O maior concorrente de Challeger, professor Sumeerlee é o primeiro a se prontificar a ir, seguido por Lorde John Roxton (um aventureiro) e Malone (claro, o jornalista não quer perder a chance de provar a Gladys que é a coragem em vida, certo?).

É assim que o quarteto (que também inclui Challenger, que recusa-se a dar informações exatas do local antes de chegar lá), viaja para terras brasileiras em busca desse pedaço pré-histórico que ficou "ilhado" em meio a uma construção rochosa no coração da Floresta Amazônica.

Esse deve ser o livro mais fantasioso que eu já li de Arthur. Diferente de Sherlock ou "O Gato", ele não possui muito embasamento na realidade. Prendendo-se em muitos detalhes hipotético e vagos de uma "descoberta científica", e não fica claro em muitos sentidos o como esse tal mundo realmente estava ali intocado ou como os animais voadores (pterodacteros, para citar um dos ditos no texto) não deixam a tal reserva para planar mundo a fora...

Mas, enfim, como uma leitura infanto juvenil e despretensiosa ele é bom sim. Sei que o terceiro livro tem um tema mais adulto,mas vamos ver como será o segundo, não? Afinal Arthur sempre é uma boa surpresa....


Diagramação:

Por ser tratar de um PDF a diagramação não é algo trabalhada. Ela foi bem feita, não há espaços loucos e a fonte usada (a Times New Roman - creio eu) é agradável ao olhar (serifas eu amo vocês!)

Para quem lê em celulares (como é o meu caso) a letra estava um pouco pequena sim, mas nada que prejudique tanto assim a leitura.


Disponível para download: http://minhateca.com.br/cristinahmartines/Biblioteca+-+senha+*c3*a9+PDF/Livros/A/Arthur+Conan+Doyle+-+14/O+Mundo+Perdido,15546751.pdf


Título: A Execução de Sherlock Holmes - Novas Aventuras do Detetive Mais Famoso

Título Original: The Execution of Sherlock Holmes: And Other New Adventures of the Great Detective


Autor: Donald Thomas
Tradutor: Anke Schüttel
Editora: Elevação
Ano de publicação: 2009
ISBN: 9788575131282
Gênero: Ficção Biográfica (segundo a catalogação do livro, embora eu ache que "Policial" ou "Investigação" fossem termos melhores)



Informações adicionais:
Número de páginas: 352
Cor das páginas: brancas (logo falo mais delas)
Fontes: pequena e (infelizmente) enfeitada demais para ser usada em todo o texto (logo falo mais disso também)
Tipo da diagramação: abre de capítulos simples, mas bem feitos; primeira página do livro com uma imagem muito bem feita do personagem


Resenha:

Donald Thomas não é Arthur Conan Doyle, mas ele tentou agradar, e tentou com muito afinco, mas infelizmente não deu tão certo o tempo todo... ao menos para mim.

Eu não conheço outros trabalhos de Donald Thomas, então já começo essa resenha pedindo desculpas a quem os conhece se eu estiver sendo injusta com o autor de alguma forma, está bem?

Contar histórias de personagens tão celebres como Sherlock Holmes, John Watson, Sra. Hudson e alguns dos policiais da Yard inventados por Arthur e tentar ser conciso e totalmente fiel aos originais é algo realmente trabalhoso. Basta-se ter em vista de que até uma história ruim, se criada pelo autor original, sempre será lida com melhores ressalvas aos olhos dos fanáticos do que uma boa história escrita por outro autor.

Eu não faço o tipo que odeia outros autores escrevendo Sherlock, na verdade amo a coleção do Jovem Sherlock Holmes e A Casa de Seda, acho que são tão perfeitas quanto às histórias do autor original, mas não consegui gostar tanto deste livro aqui...

E para avalia-lo eu terei que dividir um pouco essa resenha para expor todos os meus motivos:

capa da versão nacional, mais bonita que a original
Capa, título e subtítulo:

Preciso começar falando do título, na verdade, do subtítulo: no original "And Other New Adventures of the Great Detective", que ao pé da letra seria "e outras novas aventuras do grande/famoso detetive"; mas que foi traduzido com "Novas Aventuras do Detetive Mais Famoso".

Eu não sou daquelas fanáticas que querem tudo ao pé da letra, mas vocês concordam comigo que o "Mais" ali soou estranho? Sim, para mim dá a impressão de que terá um complemento depois da palavra "famoso", algo como "do mundo", "da literatura", "de Londres", "da casa da mãe Joana", enfim! O fato é que o subtítulo (que não precisava nem ao menos existir na nossa versão) soou muito vago e desnecessário para mim.

primeira página
Para ser ainda mais honesta, a impressão que eu tenho é de que apenas colocaram nos pés da palavras "Holmes" o número de palavras que preencheriam uma linha exata, que iniciasse no H e terminasse S.

Ou seja, parece que a frase até pode ter sido escrita correta, mas alteração vai, alteração vem, e foram comendo as palavras até que não perceberam mais ao certo o que estava escrito ali e foi assim mesmo!

Mas, fora esse deslize no subtítulo, eu tenho que dizer que acho a capa muito bonita. A fato de fundo, a coloração aplicada nela, as fontes e cores utilizadas para o título e o (fatídico) subtítulo, se casam muito bem, totalmente harmônicas aos olhos de quem vê. Chega a ser muito melhor do que muitas capas das séries originais de Arthur Conan Doyle. Até dá pra entender como o subtítulo passou assim batido, né?A beleza confundiu o diagramador no final. :D


Diagramação do texto:

abre de capítulo/conto
Um ponto seguinte é a diagramação do miolo do livro: ou seja, as páginas com o texto em si. Um ponto bem negativo é a cor da página: elas são brancas!

Quem gosta de ler com frequência sabe que essa coloração de folhas não é muito agradável aos olhos. Ela faz com que a vista canse e com que você leia em um ritmo mais lento, independente a história ser boa. Você não aguenta ler várias páginas sem parar e acaba parando por canseira mental ou dor de cabeça.

Outro ponto que não ficou legal foi a gramatura do papel. Pelas fotos que estou colocando no post, vocês podem ver que de tão fino que ele é dá para enxergar as letras do verso! Isso sim contribui ainda mais para cansar a vista, até das pessoas mais insistentes!
início de conto

Mas há pontos positivos na diagramação sim, calma!

Um deles fica por conta dos abres de capítulo/conto. Por ser um livro com vários "contos", eles tiveram o cuidado de demarcar muito bem o início de cada um com uma página inicial bem bacana de "abre".

Também tomaram o cuidado de demarcar no topo da página direita sempre o título da história em que você está lendo, assim não há o perigo de você deixar seu marcador cair e ter que procurar horrores a história em que estava no desespero, caso você tenha esquecido o número da página.

detalhes: Q enfeitado e outros
Porém, há mais um pontinho negativo na diagramação (vocês com certeza estão me achando chata, oh Deus... desculpe, mas eu tenho que falar). Eu não sei qual foi a fonte utilizada para a história, não é informado na última página do livro (como é de costume as gráficas fazerem), mas além de ela ser pequena, eles optaram por uma fonte muito cheia de "frufrus" NA HISTÓRIA TODA! Sim! O texto todo é escrito em uma fonte que deveria ter sido utilizada só nos títulos...

O espaçamento das linhas ficou prejudicado com essa fonte, já que letras como o "Q" maiúsculo fazem um arabesco enorme na parte de baixo em muitos casos. Uma fonte mas simples para livros teria sido melhor, já que a cor do papel e a qualidade dele já não eram muito boas.


Contos:

Como eu disse, eu não gostei de todo o livro, mas, para ser bem honesta, ele não é de todo ruim, mesmo com tantos pontos contras narrados até agora.

Eu gostei muito de 2 das 5 histórias, achei 1 mais ou menos, mas, de fato, não gostei de outras 2 (que me foram até penosas para ler de tão maçantes que me pareceram). Então, nada mais justo do que falar de cada uma delas em separado, não é?

Como dito, o livro na verdade é uma coletânea de 5 histórias (e não é o único do autor - pelo que vi em sites internacionais - sobre Sherlock Holmes que segue essa linha. Embora ele tenha um outro até mais antigo sobre o detetive, mas que ainda não foi lançada no Brasil). A primeira é a que dá nome a coletânea:

- A Execução de Sherlock Holmes
Nota: Média
O conto trata de uma junção de "vingadores" em nome dos antigos rivais de Sherlock Holmes (temos o representante dos Moriarty, dos Milventon, etc..) que prendem o detetive e decidem julgá-lo e matá-lo a sua própria Lei. Mas, antes, querem desacreditá-lo ao extremo tanto para si quanto aos outros. John e Lestrade tentam ajudá-lo, mas ele acaba sendo transferindo para um lugar incerto, vigiado 24 horas, onde só a sua astúcia conseguirá fazer com que sobreviva e escape.
Realmente, o conto vale à pena, embora eu ache que ele deveria ser contato em primeira pessoa por Sherlock e não ter sido narrado por John posteriormente... Isso daria mais credibilidade aos malabarismos que é contado sobre a fuga de Sherlock e o como ele fez para sobreviver a tudo.

- O caso da Chave Grega
Nota: Ruim:
Não foi um caso que me agradou... Ele não é pesado, mas o autor realmente não soube como trabalhá-lo, embora a ideia tivesse um bom potencial (e, para ser honesta, ela é meio batida). Esse é um dos casos onde o detetive precisa desvendar um código de comunicação usado pelo inimigo. Mas, se lembrarmos bem, Arthur usou o mesmo tema em pelo menos duas histórias em que eu consigo me lembrar agora...

- O caso do Assassinato de Peasenhall
Nota: Ótima
O caso do Assassinato de Peasenhall é um dos melhores contos do livro, daquele tipo que você começa e termina em um piscar de olhos. Thomas realmente fez um ótimo trabalho neste aqui.
Um homem é acusado de assassinar uma jovem porque, um ano antes, dizem que eles tiveram um caso e a moça aguardava agora um filho dele. O individuo goza de ótima reputação, é pai de 6 filhos, casado com uma mulher que realmente o ama e tem certeza de sua honestidade e era bem visto por todos até que duas testemunhas começam a botar em cheque sua honestidade.
Até mesmo a participação de Lestrade nesse caso é algo que realmente foi muito bem trabalhado, simplesmente por si já valia o livro. Deveria ser o primeiro, sabe? Eu acho...

- O caso da camareira Fantasma
Nota: Ótimo
Tirando o título ruim e que não parece fazer jus a boa história, o caso começa como se fadado ao fracasso, mas dá uma boa reviravolta e o prende totalmente.
Uma jovem camareira é despedida de um hotel por ter entrado (no meio da noite) no quarto de um hóspede (provavelmente para furtar algo), enquanto ele dormia induzido por fortes remédios. O porteiro é a testemunha de que a moça entrou, mas nem mesmo o hóspede é consultado ou informado do incidente.
A mãe da jovem, inconformada, consegue junto ao reverendo uma chance de que Sherlock a ouça e atesta a ele que sua filha estava de folga e em casa naquela noite. Isso intriga o detetive, mais do que o fato de a mulher ser corpulenta não temê-lo (é impagável quando ela pergunta a ele se ele acha que ela tem cara de mentirosa e até mesmo Holmes é forçado a dizer "Não senhora", mesmo a contragosto). O caso se prova ser algo bem mais intrincado e a vida de um homem está em jogo - além do emprego da camareira.

- Rainha da Noite
Nota: Ruim
Esse conto é péssimo... A cada instante eu me via contando as páginas para acabar. Depois de dois contos tão bons o autor patinou feio e fez um que poderia ser deixado de fora (junto com o segundo) que não faria falta alguma.
O autor tentou criar uma possível explicação para os Moriarty e seu 'título', jogando toda a lama na mãe do vilão. Além de achar desnecessário, achei que o irmão de um gênio do crime (e que na primeira história do livro se mostrava bem mais espertinho) não deveria ter criado uma estratégia tão besta e deixado tantas pontas soltas para ser descoberto...


Em resumo:

Sendo assim, num geral, é um bom livro sim, eu até o indicaria para fãs de Sherlock Holmes ou de livros de detetive, mas sugiro que o leitor o siga de outra forma, não na sequência em que se apresenta, ou corre o sério risco de se entediar ou abandoná-lo por um tempo (como eu fiz após a segunda história, sem saber que a terceira era ótima).

De qualquer forma, nos basta esperar que a editora Elevação compre os direitos dos outros livros de contos do autor sobre Sherlock Holmes para continuarmos a ler e ver se ele conseguirá acertar em mais contos, não é mesmo? :D




Título: A Máquina do Tempo

Título Original: The Time Machine


Autor: H. G. Wells
Ano de publicação: 1895
Gênero: Ficção Científica


Informações adicionais:
Versão PDF por: InLivros.net
Número de páginas: 97
Tipo da diagramação: PDF simples
Download: InLivros




Nota:

Resenha:
Impossível não gostar de filmes de ficção como “De Volta Para O Futuro”; séries como “The Flash” e “Dr Who”; ou, até mesmo, desenhos como “X-men” e “Sailor Moon” – que tratam todos, de alguma forma, sobre um dos grandes enigmas da humanidade: a viagem no tempo. Não há como gostar de uma dessas obras e não se interessar em ler essa obra do H. G. Wells, o pai desta loucura toda.

Wells é uma figurinha que eu sempre quis ler, pois só as curiosidades que se descobre sobre eles já são intrigantes em si: o pai do “celular”, da “viagem no tempo”, entre outras coisas. Mas eu nunca achava um livro dele para comprar em minha cidade (já que é bem antigo e as editoras pareciam não quererem relançá-lo no Brasil).

Porém a popularização dos PDFs é uma coisa divina, não acham? Foi assim que enfim eu consegui lê-lo e digo com todas as letras que se achar o livro físico eu compro na hora, não preciso nem pensar, compro no ato.

Mesmo se tratando de uma versão em PDF simples, o espaçamento e a fonte estão muito bem feitos e não cansa a vista para ler. Você pode lê-lo em dispositivos de leitura tranquilamente.

Mas, voltando ao livro, você deve estar se perguntando sobre o que diabos essa história fala, não? Pois esse suspense todo cansa, não é? A história pode ser mais antiga que minha avó, mas ela trata de temas que até hoje intrigam a humanidade, tais como: Você imagina como seria viajar no tempo? Mudar as coisa na história do passado afetariam seu futuro? E mudar as coisas no futuro é perigoso? Como a humanidade viveria daqui alguns anos? Será que enfim encontraríamos a paz? Ou será que as guerras acabariam com tudo? E, mesmo que as guerras não acabassem, será que haveria mesmo um fim do mundo alguma hora?

O livro é até que curtinho para a magnitude de debate que ele apresenta, mas impossível não se viciar na leitura e perder horas lendo, sem nem se dar conta. Ele serviu de base pra todas essas coisas citadas na introdução, mas ele não é um livro cientifico de debate filosófico não, ele é uma história, e como história eu vou falar um pouco de como ela acontece.

Hells não deu nome aos personagens, ele apenas os chama por sua profissão, não que isso fosse interferir, mas a ideia toda é mostrar já de cara que a intenção e os fatos são mesmo mais importantes que os nomes de seu personagem.

O “Viajante do Tempo” começa a história contando a alguns amigos que tem a ideia de tentar construir uma maquina do tempo. A princípio ninguém bota muita fé nele, acha que ele piorou, mas ele começa a explicar o como isso é possível.

Ele explica os conceitos de como o tempo e espaço são coisas relativas, assim como as medidas matemáticas de comprimento, largura e altura. O tempo é uma variante, e assim como as outras medidas, não é fixo. Uma explicação bem bacana dada na história é:

"Esse Espaço, tal como o entendem os nossos matemáticos, é considerado como tendo três dimensões, que podemos chamar Comprimento, Largura e Altura, e é sempre definível em referência a três planos, cada um em ângulo reto com os outros. Mas alguns espíritos filosóficos têm indagado por que hão de ser necessariamente três dimensões — por que não mais uma direção em ângulo reto com as três outras — e experimentaram construir uma Geometria Quadridimensional. (...) Sabemos como, sobre uma superfície plana, que tem apenas duas dimensões, podemos representar a figura de um sólido tridimensional. De igual forma, esses pensadores acham que, por meio de modelos de três dimensões, eles poderiam representar um de quatro — se conseguissem dominar a perspectiva da coisa. Compreenderam?"



Essa explicação te lembrou uma coisa, não? Aquela cena mítica de “De Volta Para O Futuro” onde o Dr. Emmett Brown pega uma lousa e tenta explicar para o Marty McFly que o tempo não é algo linear, não? Aposto que você lembra dessa cena! E, sim, ela é totalmente inspirada na primeira conversa do Viajante do tempo com seus conhecidos.

Outra situação que lembra muito o filme, é que um dos amigos do viajante sugere que se viajasse no tempo (para o futuro,mais precisamente) ele poderia saber o que seria lucrativo, voltaria a seu tempo, aplicaria dinheiro nisso e viveria dos juros no futuro (obviamente dá a entender que ele voltaria para lá para viver). Isso, cm certeza, te lembra que o inimigo de Marty McFly, o Biffy Turner fez, não? Afinal ele pegou a revistinha que Marty trouxe do futuro e usou para ganhar muito dinheiro (pois continha os resultados de todos os jogos que aconteceram). E, sim, no filme isso o deixou milionário! Ou seja, até essa possibilidade de ganho fácil Wells já previu.

Mas, voltando ao livro, a ideia do “Viajante do Tempo” é mais nobre que isso. Ele realmente tem uma ideia formada de que não pode interferir no passado ou no futuro e até levanta a hipótese de não poder encontrar a si mesmo, prevendo uma catástrofe (isso lembra tudo o que eu remeti ali em cima, até mesmo quando o Rei Endymion adverte a Sailor Moon que ela está desaparecendo do futuro porque ela e Serenity – sua versão no futuro – não podem existir ao mesmo tempo na mesma variante de tempo).

Mas, sim, ele consegue concluir a criação de sua máquina e faz uma Viagem no Tempo para o futuro, que para ele durou muito tempo, mas a principio parece uma lorota até para quem lê o livro. Já que no dia seguinte ele se atrasa para encontrar seus amigos e simplesmente aparece falando que viajou no tempo e que antes de descer para falar com eles teve que tomar banho e precisava loucamente comer.

Porém, quando ele começa a descrever o que se passou na tal viagem é que o livro todo se torna ainda mais interessante do que tudo. Afinal, pode ser uma ficção, mas realmente é algo que é tão bem explicado que logicamente parece muito plausível.

Ele conta que foi até o futuro, onde criaturas bondosas denominadas Elios vivem em perfeita harmonia. Elas parecem todas saudáveis, amigáveis, vestem-se muito bem e parecem desconhecer os maus sentimentos. Ele é bem acolhido entre elas, mas com o passar do tempo começa a ver que nem tudo são flores, já que sua máquina do tempo sumiu e ele tem que encontrar uma forma de reavê-la se quiser voltar ao seu tempo. O pior de tudo: ele não fala a língua dessas criaturas e elas, embora sejam muito amáveis com ele, não parecem poder ajudá-lo em nada.

Com o tempo ele descobre que essa paz é apenas aparentes. Essas criaturas não estão de fato sozinhas, pois a baixo delas, vivendo na escuridão da terra, em túneis intermináveis e totalmente escuros, vivem os Morlocks (e, sim, esse é o mesmo nome usado em X-men para denominar os mutantes renegados que vivem escondidos nos esgotos).

Essas criaturas, que na teoria do viajante, na verdade eram a classe dominada, que foi forçada a trabalhar em vivem em baixo da terra, enquanto a classe mais abastada usufruía do bom e do melhor na superfície (inclusive são essas criaturas que fazem as roupas dos Elios e tudo mais, pois os Elios são bons, mas extremamente limitados mentalmente, chegando a ser bem “burrinhos”, já que não são obrigados a pensar em nada, enquanto os Morlocks tiveram que pensar sim, e descobrir um modo de viver e se alimentar ali na escuridão).

A convivência entre essas criaturas é o que mais intriga na história. Por hora você sente pena de uns e raiva de outros, para depois ver o como “o tiro saiu pela culatra” e a classe que deveria ter sido prejudicada acabou mantendo a outra sob tensão. Mas como? Bem, eu indico que você leia, pois simplesmente não tem como não interessar e muito pelo desenrolar.

E se há um fim da Terra? Digamos que o nosso viajante não nos deixaria com essa duvida em aberto, ele realmente deu um jeitinho de tentar conferir por nós. :D

Como um todo foi uma leitura interessante, delicada em alguns momentos e angustiante em outros (mais sinistra do que muito filme de terror). Achei esse final aberto muito bom, hein? Cara de que o escritor talvez planejasse continuar outra história algum dia (e se o fez, eu não sei) :D



Este blog é uma parceria entre amigas que tem um vício em comum: a paixão por livros.

Neste nosso cantinho, colocaremos algumas resenhas sobre os livros, mangás e gibis que lermos durante o ano.

Ok, quem sabe a gente acabe (“sem querer querendo”) dando uma vacilada e contando algum spoiler uma vez ou outra. Mas garanto que não será intencional, tá bom?

Nossa intenção é compartilhar o que achamos da obra e, claro, deixar uma curiosidade plantada na mente de quem ainda não o leu.

Mas nem tudo são flores não! Nós vamos falar dos livros que lemos e gostamos sim, mas se no decorrer do ano algum livro que não gostarmos cair em nossas mãos ele não será poupado (momento medo, hein?) e também compartilharemos com você o motivo de não temos aprovado ele. 

Tentaremos ser justas e honestas, ao extremo. E se falarmos algo que você discordar é só dar um puxão de orelha nos comentário :D

Como somos duas, pode acontecer de um livro ser resenhado mais de uma vez e receber notas diferenciadas. Mas isso só quer dizer que, como pessoas, temos opiniões diferentes e mesmo amigas às vezes discordam, não? (Mas se você falar mal de um livro que eu amei partirá meu coração, viu Dai? Hahaha, brincadeirinha).

Então, sejam todos super bem vindos e esperamos que gostem deste nosso cantinho da leitura.


Beijinhos!